sábado, 3 de agosto de 2019

A crítica no espaço público

Hoje não trago nenhum post que diga respeito a questões estratégicas ou táticas. Venho falar sobre um assunto que é particularmente "delicado" devido ao que muitas vezes se passa dentro das 4 linhas. 

No futebol,todos nós sabemos que os erros pagam-se caro,e que quem não marca sofre. Estes dois ditados são bastante populares e são repetidos vezes sem conta de forma a realçar o que é verdade. Para se vencer no futebol são precisos vários fatores e um deles (para mim absolutamente determinante) é a COMPETÊNCIA.


Sermos competentes no nosso dia-a-dia,no nosso trabalho é essencial e deixa qualquer um mais próximo do sucesso do que do insucesso. Mas ás vezes,acontecem coisas que nos deixam pensativos e até surpreendidos,pela forma como aparecem e acontecem nas nossas vidas.

Durante o sábado de hoje,realizaram-se várias partidas a contar para a Taça da Liga. Uma delas,foi o Desportivo das Aves frente ao recém-promovido Gil Vicente. A turma avense vencia por 2-1 aos 60 minutos mas os gilistas viraram o jogo,e garantiram assim uma vaga na fase de grupos da competição. No final do jogo,Augusto Inácio,técnico derrotado falou de forma bastante clara e direta sobre o que se passou durante os 90 minutos na partida: 

"Perdemos, não me vou justificar com as ausências. Sabia que estava limitado, mas os jogadores que estiveram dentro de campo deram o melhor... mas sinceramente às vezes dar o melhor não é só correr, não é só dar o litro em campo. O melhor é também ser inteligente. Nós não fomos inteligentes», salientou o técnico, que apontou que os avenses foram «autênticos passarinhos» na abordagem a muitos lances." 


A vontade,a força,o querer,a atitude,a garra são itens fundamentais para muitas vezes se desbloquearem jogos que encontram complicados de vencer. Neste caso,o que o treinador do Aves quis dizer,foi a forma apática com que os seus jogadores abordaram alguns lances. Alguma falta de concentração? É provável. Somos perfeitos? Jamais. Ninguém o é. Mas no futebol para se ir longe e se alcançar o que pretendemos,temos de fazer das tripas coração e usar mais a inteligência do que o coração. Nunca a emoção deve vir antes do raciocínio. 

Também na temporada 2017/2018,o técnico do Estoril-Praia,Ivo Vieira fez duras críticas á sua equipa,após a segunda parte do jogo frente ao FC Porto. 


Também Ivo Vieira,sentiu necessidade de dizer o que realmente se passou em campo,e sem pensar no que os media poderiam interpretar com aquelas palavras. Quem diz a verdade,não merece castigo,é verdade. Contudo,devemos sempre moderar as críticas quando estamos na presença de jornalistas,pois estes contribuem 0 para o melhoramento do nosso jogar e para o nosso plantel. As abordagens a fundo,e concretas,devem sempre ser feitas,apenas e só no balneário. Fora deste,nunca se deve deixar de "criticar",mas terá sempre de haver alguma moderação,de forma a proteger quem por nós tenta sempre dar o seu melhor nas quatro linhas.

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