sábado, 11 de maio de 2019

Competência


Sérgio Conceição á data que escrevo este post,é o treinador campeão nacional. Venceu o campeonato na época de estreia pelo FC Porto em 2017/2018 e com circunstâncias que merecem sempre ser lembradas. Este título não foi de todo aquele em que o FC Porto se destacou por possuir melhores argumentos que os seus oponentes. Não foi. Aliás a determinada altura,todos nos lembramos que os dragões tiveram que recorrer á sua equipa B para colmatar as variadas ausências. 

Sérgio é um treinador bastante competente e acima de tudo um grande disciplinador. Como se diz na gíria,já fez muitas vezes omeletes sem ovos. Um dos exemplos é o título de campeão mencionado em cima. Também no FC Nantes em 2017 tirou a equipa da zona de despromoção e levou-a ao 8º lugar da Liga Francesa. Em 2012 levou o Olhanense á melhor classificação da sua história na 1ª Liga. Em 2015 levou o Sp.Braga a uma final da Taça e no campeonato colocou a equipa a praticar um futebol de enorme qualidade e rendimento.

Em 2017 conseguiu rentabilizar com pouquíssimos recursos uma equipa do Vitória de Guimarães que estava refém de variadíssimos jogadores que saíram após a última temporada com Rui Vitória ao leme da equipa. Sérgio lançou Miguel Silva,Cafú Phete,Bruno Gaspar entre outros que vieram da formação secundária dos vitorianos. Fez por isso mais uma omelete só que desta vez com ovos de baixa qualidade. 

Mas neste post o que vos trago é a análise á sua equipa na vitória sobre o FC Porto que estava refém da saída do espanhol Julen Lopetegui. 


O Vitória optou por condicionar diversas vezes a saída a 3 do FC Porto. Neste caso aqui,é um lance junto á bandeirola de canto e os "afonsinos" formam um quadrado de forma a eliminar qualquer linha de passe de Maxi Pereira. 


Neste caso o aproveitamento da defesa á zona é essencial. O Porto faz uma linha de 3 mas deixa 2 homens completamente sozinhos junto á marca de penalty. A bola vai ser lançada ao 1º poste onde Danilo se deixa antecipar e posteriormente vai causar calafrios á baliza de Iker. 






Momento em que o Porto está na sua 1ª fase de construção. Vitória forma 2 triângulos de forma a impedir ligação por dentro (Danilo ou André André) 


Vitória a girar em torno do sentido da bola. Superioridade numérica no corredor onde o jogador do Porto se vê apertado e acaba por perder a posse devido á pressão intensa exercida sobre ele. Dois homens já próximos de maneira a sair apoiado para o ataque.


Mais uma vez aquilo que referimos acima. Impedir sempre ligação por dentro e de novo o tal quadrado de forma a condicionar a saída curta.


As linhas defensiva e média estão próximas e separadas por uma distância de 15/20 metros. 


Nas poucas vezes que o Porto conseguia chegar ao último terço com alguma qualidade o Vitória criava muitas situações de sup.numérica. Uma autêntica floresta de jogadores impede qualquer linha de passe e de remate adversária. 

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